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Saiba mais sobre o uso das lentes descartáveis
5 Maio 2008  | Seção: Colunas & Artigos  |  Categoria: 
  
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REGRAS BÁSICAS DE ADAPTAÇÃO Parte 1
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REGRAS BÁSICAS DE ADAPTAÇÃO

I Parte

OLHO

O olho humano pode ser comparado a uma máquina fotográfica, ele tem meios transparentes que permitem a passagem e focagem das imagens para a película fotossensível chamada de retina (semelhante ao filme fotográfico) que a transmite ao cérebro, suas partes principais são:
 Córnea - É a saliência frontal do olho. Sua função é levar os raios de luz para o interior do olho, a exemplo da primeira lente da máquina fotográfica. A córnea é dividida em 5 camadas

1ª - Epitélio
2ª - Decemet
3ª - Estroma
4ª - Bowman
5ª - Endotélio
 
De todas as cinco camadas, a única que tem condições de se regenerar rapidamente sem deixar cicatriz caso haja algum traumatismo é o Epitélio, a córnea tem uma estrutura de fibras paralelas uma as outras, o que lhe confere aparência lisa e polida, embora não tenha vasos sangüíneos, seu metabolismo é muito intenso, o oxigênio é retirado da película lacrimal através do processo de osmose.
Lagrima: A camada lacrimal tem uma função muito importante no olho, principalmente quando adaptamos lentes de contato. Sua função é lubrificar a superfície anterior do olho, protegendo-o contra o atrito das pálpebras e também manter uma ação germicida para evitar contaminações. A película lacrimal é dividida em três camadas:

1ª - Lipidica
2ª - Aquosa
3ª - Mucinica            

A primeira camada, formada por lipídios tem como função principal, evitar a evaporação da água que forma a película lacrimal.
A segunda camada é formada por água produzida pela glândula lacrimal principal, é ela que tem as proteínas (Lisozima) que defendem o olho contra microorganismos e dilui o oxigênio que irá para a córnea (mais de 80% do oxigênio consumido pela córnea é retirado da lagrima).
A terceira camada formada por mucina, impede uma hidratação exagerada da córnea alem de deixar o Epitélio liso como um espelho.
 
Metabolismo da córnea e uso de lentes de contato

A córnea por não possuir vasos sangüíneos, retira todo oxigênio necessário para o seu metabolismo, da camada lacrimal, por tanto seja qual for o tipo de lentes de contato adaptada é necessário que ela flutue sobre a película lacrimal de modo a permitir que esta se renove a cada piscada, caso isto não ocorra, o olho entrará em estado de hipóxia, ou seja, não respirará o que obrigará a córnea a produzir energia através da via anaeróbica, como conseqüência haverá um maior desprendimento de calor, água e acido láctico que ficará acumulado nas células corneanas, produzindo danos e edema. Nas lentes hidrofílicas o oxigênio além de chegar a córnea pelo efeito do bombeio, também passa através do próprio material da lente.

Noções de óptica e lentes

REFRAÇÃO DA LUZ
Refração da luz é o fenômeno de desvio da luz, quando ela passa de um meio menos denso por outro de densidade maior, por ex: a água, quando isso ocorre à luz sofre uma diminuição na sua velocidade e um desvio de sua trajetória em direção ao meio mais denso.

A velocidade da luz é de 300.000 km/seg. no ar ou no vácuo (para simplificação de cálculos), porém ao passar para um meio mais denso essa velocidade é diminuída. O quociente da velocidade dos dois diferentes meios é o índice de refração do material, representado pela letra n:
Prisma: Toda lente é formada por prismas, prisma é um sólido geométrico, com seus lados não paralelos, que tem o poder de desviar a luz para a sua base, a sua unidade de medida é a dioptria, ou seja, dizemos que um prisma tem 1 dioptria ( 1 Di. ) quando a luz ao atravessa-lo se desvia um centímetro em direção a sua base, após percorrer a distância de 1 metro.
  

De forma genérica as lentes são formadas por união de vários prismas unidos pela base ou pelo ápice formando um foco.

LENTES ESFÉRICAS
São lentes com duas superfícies esféricas (como um segmento de bola de futebol), podem ser convergentes ou divergentes:
Lentes planas cilíndricas convergentes ( + ) ou divergentes ( - ): São lentes que possuem em uma mesma superfície  um meridiano plano e o meridiano perpendicular é curvo.

 

Lentes combinadas (esférico com cilíndrico): São lentes que em uma mesma superfície tem um meridiano curvado e o meridiano perpendicular com outra curva diferente.

Todas as lentes cilíndricas podem ser identificadas visualmente pela diferença de espessura em suas bordas. Quando olhamos uma reticula através dela e a giramos, as imagens giram.
 De forma genérica as lentes são formadas por união de vários prismas unidos pela base ou pelo ápice formando um foco. O grau (dioptria) é conseguido através da diferença de curvas internas e externas da lente.


Estas lentes podem ser biconvexas, plano-convexa ou convexa-concava. 
Podem ser identificadas visualmente pelo centro grosso e bordas finas. Quando olhamos uma reticula através dela temos a impressão que os objetos aumentaram de tamanho.

Estas lentes podem ser: bicôncavas, plano-concavas ou concavas-convexas.
Podem ser identificadas visualmente pelo seu centro fino e bordas grossas. Quando olhamos uma reticula através dela temos a impressão que os objetos diminuem de tamanho.
 

Deficiência visual

MIOPIA: É o olho que a imagem do objeto situada no infinito se forma antes da retina, tornando-se desfocada para longe, é corrigida com lentes esféricas divergentes ( - ) (alonga a distância do foco).          

                                                                                                  
                                                          
 Hipermetropia: É o olho em que a imagem do objeto situada no infinito se forma depois da retina, tornando-se desfocada para todas as distâncias (maior dificuldade para perto). É corrigida com uma lente esférica convergente ( + ) (encurta a distância do foco).



 Astigmatismo: O olho portador de astigmatismo tem em sua córnea uma diferença de curvatura ao longo dos seus principais meridianos. Esse olho apresenta duas imagens lineares, uma perpendicular em relação a outra, tornando a visão confusa. É corrigida com lentes planas ou esféricas cilíndricas convergentes ou divergentes (combinadas) regularizando a formação das imagens na retina.
 

Há diversos tipos de astigmatismo:

a)  Miópico simples: Uma imagem numa linha perpendicular se forma na retina e a outra antes da retina.

b) Hipermetrópico simples: Uma imagem numa linha perpendicular se forma na retina e outra depois da retina.

   


c)  Hipermetrópico composto: Uma imagem numa linha perpendicular se forma depois da retina e a outra também, porem em pontos diferentes.    

  

d)  Miópico composto: Uma imagem numa linha perpendicular se forma antes da retina e a outra também, em pontos diferentes.

e)  Misto: Em um dos meridianos a imagem forma-se antes da retina e no outro atrás da retina.

 Presbiopia: Dizemos que uma pessoa é presbita, quando apresentando uma visão de longe normal (corrigida ou não), ele encontra dificuldade em sustentar uma visão para perto. Isso ocorre quase sempre após os 40 anos, pois através dos anos, há um endurecimento gradual do cristalino e, consequentemente a perda de acomodação para perto.

 TRANSPOSIÇÃO
Transposição é alterar os valores numéricos da graduação de uma lente sem alterar seu valor dióptrico.
Em lentes de contato trabalhamos apenas com cilíndrico negativo, portanto quando a receita estiver com cilíndrico positivo é preciso transpor.

Ex.1 -  AO + 2,00 Di. Esf. = + 1,00 Di. Cil. X 90°
                       é o mesmo que:
            AO  + 3,00 Di. Esf. = - 1,00 Di. Cil. X 180°

 Ex. 2 - AO - 1,50 Di. Esf. = + 0,50 Di. Cil.  X 90°
                       é o mesmo que:
             AO - 1,00 Di. Esf. = - 0,50 Di. Cil.  X 180°
 

Ex. 3 -  AO - 2,00 Di. Esf. = - 0,50 Di. Cil.  X 45°
                        é o mesmo que:
             AO - 2,50 Di. Esf. = + 0,50 Di. Cil.  X 135°

Ex. 4 -  AO - 2,00 Di. Esf. = + 3,00 Di. Cil.   X  90°
                        é o mesmo que:
             AO + 1,00 Di. Esf. = - 3,00 Di. Cil.   X 180°

Regras para efetuarmos a transposição

a)  Para obtermos a grau esférico, quando os sinais forem iguais somamos os 2 valores e conservamos o sinal:

Ex.       + 2,00 esf.                   - 1,00 esf.
            + 1,00 cil.                    - 0,50 cil.
        -----------------                -------------
           + 3,00 esf.                   - 1,50 esf.

Quando os sinais forem diferentes, verificar a diferença entre os dois números e colocar o sinal do maior:

Ex.        - 3,00 esf.                    + 4,75 esf.
             + 2,00 cil.                    - 0,75  cil
           --------------                  ---------------                 
            - 1,00 esf.                      + 4,00 esf.
b)  O poder do cilíndrico nunca muda, sempre muda o sinal.

      Se o eixo for menor ou igual a 90°, adiciona-se 90°
      Se o eixo for maior que 90°, retira-se 90°

Trabalhando com adição e lentes de contato.

Adição é a diferença existente entre o grau de longe e o grau de perto, ou seja, o cliente pode ter qualquer deficiência visual para longe mais presbiopia, sendo a adição o valor dióptrico necessário para corrigir a presbiopia.
É um valor que deve ser somado algebricamente ao esférico de longe, conservando o mesmo valor cilíndrico e o mesmo eixo.

Obs. O valor da adição é sempre positivo ( + )

Ex. 1 - Longe AO + 2,00 Di. Esf. = + 0,50 Di. Cil.  X 90°
                           AD 2,00

            Perto AO + 4,00 Di. Esf. = + 0,50 Di. Cil.   X 90°
 

Ex. 2 - Longe OD + 1,00 Di. Esf. = + 0,50 Di. Cil.   X 90°
                      OE  - 0,50 Di. Esf. = + 0,50 Di. Cil.   X 90°
                              AD 1,50
          
            Perto  OD + 2,50 Di. Esf. = + 0,50 Di. Cil.   X 90°
                       OE + 1,00 Di. Esf. = + 0,50 Di. Cil.   X 90°

Ex. 3 - Longe AO 0,00   Di. Esf. = + 2,00 Di. Cil.   X 45°
                                 AD 1,00

            Perto  AO + 1,00 Di. Esf. = + 2,00 Di. Cil.   X 45°

Há várias formas de se corrigir a presbiopia com lentes de contato.
Por ex.
a) Lentes de contato monofocal para corrigir a visão de longe, mais uns óculos com o valor da adição para ser usado sobre as lentes quando for usar a visão de perto.
b)Lentes de contato monofocais em adaptação de monovisão, ou seja, no olho dominante adapta-se lentes de contato para longe e no olho dominado para perto.
c)O mais recente lançamento em lentes de contato descartáveis são as lentes Bi e multifocais que possibilitam correção simultânea para todas as distâncias.

Luis Alberto Perez Alves, técnico óptico/contatólogo.

Luis Alberto Perez Alves é autor dos Cursos temáticos de
Lentes de contato em CD ROM

A coleção dos Cursos Temáticos de Lentes de Contato conta com 11 CDs ricamente ilustrados, cada um deles abordando profundamente os temas descritos abaixo, constantemente novos temas serão lançados, de acordo com a exigência do mercado, também poderão ser feitos CDs específicos para necessidade individuais de cada técnico ou empresa.

Os pedidos dos Livros digitais em CD ROM dos "CURSOS TEMÁTICOS DE LENTES DE CONTATO" poderão ser feitos através do E-mail: perezalves@uol.com.br ou através dos telefones: 011-5515.0409 ou 011-9620.6736

RELAÇÃO COMPLETA DOS CDs

*Cd 1 - Lâmpada de Burton (avaliação de pólo anterior e avaliação da adaptação de lentes de contato com e sem contraste).
*Cd 2 - Identificação de depósitos e manutenção de lentes de contato (natureza dos depósitos de LC, microbiologia e suas conseqüências para os olhos, sistema de manutenção de LC).
*Cd 3 - Sobre-refração (um guia prático para sobre-refracionar e fazer a aferição das LC).
*Cd 4 - Adaptação em ceratocone (para você conhecer o ceratocone e familiarizar-se com os mais diversos tipos de LC e adaptações para estes casos).
*Cd 5 - Adaptação de lentes rígidas esféricas (guia completo de adaptação com cálculos, testes, etc.).
*Cd 6 - Correção da presbiopia com lentes de contato (adaptação de LC mais óculos adicional, monovisão, bifocais e multifocais rígidas e hidrofílicas descartáveis e não descartáveis).
*Cd 7 - Correção do astigmatismo com lentes de contato tóricas (as mais diversas LC tóricas rígidas e hidrofílicas e como adapta-las).
*Cd 8 - Anatomia e metabolismo do olho para contatologia (conheça o olho e seu funcionamento e como a LC impacta em seu metabolismo).
*Cd 9 - Óptica geométrica para o contatólogo (manual simplificado de óptica geométrica com cálculos direcionados para LC, equipamentos e controle de qualidade em LC).
*Cd 10 - Indicações e contra indicações de lentes de contato (saiba que lentes adaptar em cada deficiência visual).
*Cd 11 -  "Porque trabalhar com lentes de contato e como montar seu departamento de adaptação", ele conta com os seguintes tópicos:

- Qual o mercado atual e futuro das lentes de contato no Brasil.
- Mercado de LC fora do Brasil. (breve perfil)
- Desejos e hábitos de uso dos clientes de LC.
- Estatísticas de uso relacionadas a problemas com LC.
- Comentários sobre legitimidade de a óptica adaptar LC.
- Integra das leis que regem a óptica.
- Equipamentos necessários para adaptar LC.
- Moveis específicos para LC (lay out).
- Espaços físicos e adequação de equipamentos.
- Tipos de LC e sua adequação a cada tipo de departamento.

Este Cd nos dá um panorama geral de um centro de adaptação de LC, permitindo escolher o perfil do novo negócio.

Fonte:
Luis Alberto Perez

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