A volta às aulas é o momento ideal para verificar se há algo de errado com a visão das crianças. Se na hora da lição de casa ou da aula, eles reclamarem de dor de cabeça ou mal-estar, franzirem a testa, apertarem os olhos para enxergar longe e lerem com os livros e os cadernos próximos ao rosto, é sinal de que algo não vai bem.
"Muitos problemas oculares são confundidos com dificuldade de aprendizado, como por exemplo, desinteresse pela aula e pela leitura, ou, até mesmo, dispersão e desatenção”, alerta o professor doutor em Oftalmologia. Marcello Colombo Barboza, diretor do Hospital Oftalmológico Visão Laser, em Santos.
A visão é responsável por 85% do aprendizado de uma criança. Logo, se eles não enxergam bem, terão problemas na escola. A solução é simples: um pouco de atenção dos pais, avós e dos professores ao comportamento dos pequenos pode detectar problemas na visão.
Também merecem atenção sintomas como: sensibilidade à luz ou lacrimejamento excessivo, evitar atividades que exigem a visão de perto como ler, fazer a lição de casa e usar o computador; ou ainda as que exigem a visão de longe, como a prática de esportes e outras atividades de lazer.
8 sinais mostram que a criança tem dificuldade para enxergar:
Dor de cabeça ou mal-estar durante ou depois da leitura, da aula ou da hora do dever de casa;
Franzir a testa;
Apertar os olhos para enxergar longe;
Ler com os livros e os cadernos próximos ao rosto;
Sentar sempre muito perto da tevê;
Perder-se na leitura ou usar o dedo como guia para ler;
Erguer a cabeça para ver melhor;
Queixar-se constantemente de olhos cansados;
Constatado um ou mais sinais, é importante que os pais levem os filhos a um exame oftalmológico, pois, assim, poderá ser diagnosticada alguma alteração visual. As mais comuns entre as crianças são estrabismos e astigmatismos. No estrabismo, os olhos ficam desalinhados para fora, dentro, cima ou baixo. Pessoas com esse problema são popularmente conhecidas como vesgas. A correção pode ser feita com óculos, cirurgia ou protetor ocular. Com o astigmatismo, a visão fica distorcida e pode ser acertada com óculos, lentes de contato ou cirurgia a laser.
Outro sinal importante de problemas de visão nas crianças é a queda no desempenho escolar e das notas. "Às vezes, a dificuldade do aprendizado vem da dificuldade de enxergar bem”, alerta o especialista.
O ideal é que a criança em idade escolar consulte o oftalmologista antes de entrar na escola, e, depois, a cada dois anos, se ela não tem problema de visão. Se tiver, ela deve ver o especialista anualmente.
"Quanto mais cedo se leva a criança ao oftalmologista, mais rápido é detectado e corrigido o problema na visão. Assim, não ocorre o comprometimento no rendimento escolar”, aconselha Marcello.
Sobre o Hospital Oftalmológico Visão Laser
Fundado em 1936, pelo Dr. Luiz Barboza Filho, como Clínica Visão, o Hospital Oftalmológico Visão Laser, em Santos, é referência em saúde ocular na Baixada Santista. Hoje a unidade é dirigida pelos familiares do fundador, o filho Luiz Roberto Colombo Barboza, a nora Maria Margarida e os netos Marcello e Guilherme Colombo Barboza - todos oftalmologistas. O VL conta com profissionais de diversas subespecialidades clínico-cirúrgicas, além de anestesistas, enfermeiros e ortópticos. É credenciado pelo Ministério da Saúde para captar e transplantar córneas na região. Mantém intercâmbio com os maiores centros oftalmológicos do Brasil e do mundo, como o Instituto Barraquer, em Barcelona (Espanha), e o Bascom Palmer, em Miami (Estados Unidos). O endereço é Avenida Conselheiro Nébias, 355, Vila Mathias, telefone (13) 2104-5000. Mais informações no site www.visaolaser.com.br.
Sobre Marcello Colombo Barboza
É professor doutor em Oftalmologia pela Universidade Federal de São Paulo e titular da cadeira de Oftalmologia na Faculdade de Medicina do Unilus (Centro Universitário Lusíada). É ainda professor assistente no Departamento de Oftalmologia da Santa Casa de São Paulo, diretor do Hospital Oftalmológico Visão Laser, em Santos, e membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, do Concílio Internacional de Oftalmologia e da Associação Americana de Oftalmologia.