Olhos vermelhos, irritados e lacrimejantes, coceira e inchaço na pálpebra. Só pode ser a conhecida conjuntivite (inflamação na conjuntiva), certo? Errado. Os sintomas confundem, porém, eles estão relacionados à blefarite, doença ocular bastante comum e desconhecida e, o que é pior, confundida com outros problemas, o que pode levar a complicações mais graves na visão.
Segundo estatística do Hospital Oftalmológico Visão Laser, em Santos, ela está presente em quase 80% dos atendimentos realizados nos consultórios. Estima-se ainda que 15% da população mundial seja afetada por essa inflamação. É ainda a causa mais comum do terçol.
Com a chegada do Outono e do clima mais seco, ela torna-se ainda mais recorrente, pois ainda está associada ao Olho Seco, disfunção lacrimal que afeta um em cada cinco brasileiros. A blefarite resulta do excesso de oleosidade nas pálpebras ocasionado por alterações hormonais, infecções bacterianas, caspa, entre outros fatores.
Atingindo os dois olhos, seus sintomas são muito semelhantes aos da conjuntivite e do terçol: inchaço, surgimento de um ?carocinho? na pálpebra, vermelhidão, irritação, ardor, escamação nos cílios, sensibilidade à luz e olho seco. Essa semelhança com outros problemas oculares acaba confundindo o paciente que não procura o oftalmologista para o diagnóstico.
"A blefarite, doença crônica, mas de fácil tratamento, é apenas um exemplo da importância de se procurar o médico no início de qualquer sinal atípico. O paciente que julga estar com conjuntivite ou terçol e se automedica, atrasa o diagnóstico e complica mais ainda a situação?, destaca o professor doutor em Oftalmologia, Marcello Colombo Barboza, diretor do Hospital Oftalmológico Visão Laser.
Tratamento
Uma vez diagnosticada, o tratamento da blefarite é bastante simples. Limpeza com água e shampoo neutro e compressas mornas nas pálpebras, além de pomadas antibióticas, apresentam bons resultados e alívio ao paciente. Pode haver necessidade de medicação oral. "É fundamental que o paciente tenha um ritual de higienização para manter a doença sob controle?.
Usuários de lentes de contato devem ter cuidado redobrado com os hábitos de higiene dos olhos e com a limpeza das lentes. Pacientes que serão submetidos a cirurgias refrativas (correção de grau) ou de catarata devem primeiramente tratar a blefarite, já que esta aumenta o risco de infecção. Os portadores de blefarite também devem visitar regularmente seu oftalmologista.
Sobre o Hospital Oftalmológico Visão Laser
Fundado em 1936, pelo Dr. Luiz Barboza Filho, como Clínica Visão, o Hospital Oftalmológico Visão Laser, em Santos, é referência em saúde ocular na Baixada Santista. Hoje a unidade é dirigida pelos familiares do fundador, o filho Luiz Roberto Colombo Barboza, a nora Maria Margarida e os netos Marcello e Guilherme Colombo Barboza - todos oftalmologistas. O VL conta com profissionais de diversas subespecialidades clínico-cirúrgicas, além de anestesistas, enfermeiros e ortópticos. Mantém intercâmbio com os maiores centros oftalmológicos do Brasil e do mundo, como o Instituto Barraquer, em Barcelona (Espanha), e o Bascom Palmer, em Miami (Estados Unidos). É credenciado pelo Ministério da Saúde para captar e transplantar córneas na região. O endereço é Avenida Conselheiro Nébias, 355, Vila Mathias, telefone (13) 2104-5000. Mais informações no site www.visaolaser.com.br.
Sobre Marcello Colombo Barboza
É professor doutor em Oftalmologia pela Universidade Federal de São Paulo e titular da cadeira de Oftalmologia na Faculdade de Medicina do Unilus (Centro Universitário Lusíada). É ainda professor assistente no Departamento de Oftalmologia da Santa Casa de São Paulo, diretor do Hospital Oftalmológico Visão Laser, em Santos, e membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, do Concílio Internacional de Oftalmologia e da Associação Americana de Oftalmologia.