A EssilorLuxottica está em 8º lugar na lista das 50 empresas mais inovadoras do mundo de 2025.
"Os óculos precisam primeiro parecer bonitos", diz Francesco Milleri, presidente e CEO da gigante de óculos e cuidados com os olhos EssilorLuxottica, dona da Ray-Ban, Oakley, Persol e muito mais. "É uma maneira de expressar sua personalidade." Foi esse mantra que finalmente trouxe a realidade aumentada para o mainstream, na forma dos elegantes óculos Ray-Ban Meta, que foram lançados no final de 2023 e vêm em três armações, incluindo o clássico Wayfarer.
Um pouco mais volumosos do que suas armações típicas sem CPU, os Ray-Ban Metas apresentam uma câmera equipada com vídeo, alto-falantes surpreendentemente decentes e um microfone para conversar com um amigo no WhatsApp ou ativar por voz o assistente de bate-papo Meta AI. As armações de segunda geração (uma versão com funções mais limitadas lançada em 2021) superaram a tiragem de dois anos de seu antecessor em apenas nove meses, de acordo com a EssilorLuxottica, e venderam 2 milhões de pares até o momento da impressão.
Mas a EssilorLuxottica não está apostando apenas em armações inteligentes com tecnologia Meta. Graças à aquisição da startup israelense Nuance Hearing em 2023, a empresa lançou recentemente os óculos Nuance Audio, que funcionam também como aparelhos auditivos de venda livre. Ela também comprou uma participação controladora na empresa de imagens de saúde Heidelberg Engineering e, em dezembro, anunciou planos de comprar o Espansione Group, fabricante de instrumentos de diagnóstico óptico. Milleri prevê que as armações futuras oferecerão recursos expandidos de rastreamento de saúde, até mesmo exames de retina que podem detectar sinais de diabetes.
A EssilorLuxottica também é a maior fabricante mundial de lentes oftálmicas e opera grandes varejistas como LensCrafters e Pearle Vision, o que significa que as empresas de tecnologia podem precisar mais da empresa do que o contrário. "Você precisa de uma infraestrutura que ninguém mais tem", diz Milleri. "Para nós, essa é uma barreira muito mais relevante do que a IA."